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25 fevereiro 2011

Enrredos

Fazes-me falta agora.

Como uma pérgola de roseiras bravas que me enrreda.
Um número de porta
falta aparentemente silenciosa.

Como o arco
num esboço qualquer de
passagem ao inequívoco.

Fazes-me falta no balanço
que provoca
a inércia da tarde
e no vôo oblíquo -desnorteado-
que se larga no abismo de algum sonho.

No olhar   va  ga  ro  so.

No desalinhar de gestos rebeldes
e nos dedos descuidados. 
De manhãzinha quando as palavras são demais.

Fazes-me falta
como este espaço cego de paisagem quando abro a janela.
Hoje.

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