Fazes-me falta agora.
Como uma pérgola de roseiras bravas que me enrreda.
Um número de porta
falta aparentemente silenciosa.
Como o arco
num esboço qualquer de
passagem ao inequívoco.
Fazes-me falta no balanço
que provoca
a inércia da tarde
e no vôo oblíquo -desnorteado-
que se larga no abismo de algum sonho.
No olhar va ga ro so.
No desalinhar de gestos rebeldes
e nos dedos descuidados.
De manhãzinha quando as palavras são demais.
Fazes-me falta
como este espaço cego de paisagem quando abro a janela.
Hoje.
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