Páginas

18 dezembro 2009

Las estrellas

" Todo se ve tan claro Es hora de empezar y yo busco las sombras. Hace falta la noche para ver las estrellas. " ; - Benjamín Prado - " Ningún hombre es culpable de sus sueños " Chega o momento. Hora a hora e lentamente os últimos minutos. Olho tudo o que não quero perder. Memorizo cada canto. Interiorizo os sons. Já conheço esse lugar. Esse lugar de onde me vou, consecutivamente. Partidas são descobertas interiores de lugares que não possuia antes. Ámanhã, serei mais rica. Por poder encher mais uma caixinha de fósforos de imagens e atá-la com uma fitinha ruça descorada pelo sol.......

Do outro lado do Espelho

17 dezembro 2009

Revelação

A espera dos deuses Já ouviste falar de um lugar na Terra onde o seu povo se alimenta apenas do odor das flores e dos frutos? Ou da Ilha de Akriah habitada apenas por mulheres fecundadas pelo vento? E do povo da Amazónia cujas virgens são amadas por golfinhos azuis? Espíritos apaixonados, que experimentam todas as lendas, maravilhados pela natureza de uma Nova Natureza .Espíritos despojados e apolíticos, visionários, banidos ou loucos. : Contai a vossa história. Vivei a mudança. Arquitectai os paraísos. Possíveis....Revelai-vos. ;O medo não existe.

passos

A minha terra não tem rio nem alguma vez casas brancas! alvez interiormente a aldeia que me habita se pareça ao que me disseste na margem de cá do Tejo Nesta manhã branca sombras obscenas nas paredes.

Nevemente

A neve não faz barulho. Antes pelo contrário. Enche o espaço de uma quietude muito mansa, quase quente. A neve tão branca vai muito bem com uma taça de chá verde. E a mensagem de um amigo de longe que dizia Parabéns! Eu não faço anos. E ele sabe.

Moving Day

Mais uma vez de mala às costas. Será a vigésima oitava casa para onde vou. Só que desta vez não tenho mesmo casa. Até ver para onde me empurra a brisa. Foi opção? Foi. E, digo mais: É BOM!!!!! A sensação primeira de chegar. Caixas de cartão escritas a letras apressadas e grossas de marcadores. Pelo chão, em cima da bancada da cozinha. Abro as janelas. Vou ligar as fichas todas do pequeno aparato de música. Escolho um CD, desses que apetece ouvir alto. Sento-me no chão como única opção. O som começa a entranhar-se nas paredes. Passa pelas portas abertas e atravessa a sala. Ocupa toda a casa. A única cortina esvoaça, calmamente. Acendo um cigarro e fico muito quieta. Não me posso mexer. A casa vazia está cheia. O vazio preenche-me. Apetece-me rodopiar.....de braços abertos. ( Quando chegar, lá para onde vou, vou abrir a janela ....)

01 dezembro 2009

Cheira a musgo a lua cheia

É como se vivesse numa estufa. Abro a porta e espreito os dias. Vou descalça para sentir o ar, lá fora, que me remete para dentro de mim. Faz frio. No céu, daqui da porta da minha estufa, cruzam aqueles aviões que eu perdi e também os que me levaram em viagens a cidades e a desertos. A lua enche o meu horizonte a 180º. Cheira a musgo e a lua está cheia. O próximo avião que me levar tem de ser numa noite destas para eu poder ver a Lua da janela. Que mais posso pedir? Ver a Lua da janela do avião.....